No Brasil a incidência de descargas atmosféricas é muito alta, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) caem milhões de raios anualmente. Trata-se de um fenômeno natural que pode gerar prejuízos “diretos” quando um raio cai sobre as edificações e/ou instalações elétricas e/ou telecomunicações (telefônica, TV e internet) ou “indiretos” quando um raio cai em um ponto afastado e a sobre tensão induzida chega até as instalações elétricas ou telecomunicações através das linhas de transmissão, provocando risco a saúde e a diminuição de vida útil de equipamentos eletroeletrônicos e até mesmo a queima instantânea destes aparelhos. Então como nos proteger? Qual a melhor forma de proteção?
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PARA-RAIOS
O Para-raios e composto por uma haste de metal, que conduz a corrente de raio para a terra, tem a função primária de proteger a toda estrutura de uma residência, prédio, estádios, etc. A instalação de um sistema de Para-raios é relativamente onerosa e precisa de manutenção anual prevista na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Para-raios não protegem aparelhos ligados à energia contra surtos de tensão causados por descargas atmosféricas. Como a instalação elétrica está conectada à mesma fundação que o para-raios, parte da corrente pode realmente voltar e danificar os equipamentos. Apenas os “DPS” (Dispositivos de Proteção Contra Surtos) podem dar essa proteção
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DPS
O dispositivo de proteção contra surtos (DPS) é um dispositivo que desvia e descarrega diretamente para a terra a sobre tensão (pulso de alta tensão na rede elétrica, acima de 127V ou 220V) induzido em condutor metálico apropriado (fio ou cabo), como o da rede elétrica, telefônica, TV a cabo ou internet, podendo ser produzida por um raio, retorno da eletricidade ou liga/desliga de grandes motores elétricos. Esse dispositivo é destinado à proteção das instalações elétricas e dos equipamentos eletroeletrônicos contra os efeitos diretos e indiretos causado pela sobre tensão ou surtos de energia. São conhecidos por limitar e eliminar as descargas atmosféricas.
Entenda um pouco mais sobre raios e surto elétricos.
Os DPS são divididos em classes de acordo com o tipo de proteção oferecido, pode ser instalado exatamente como um disjuntor comum na caixa de distribuição geral (QDG), ou entre o equipamento e a tomada de energia (DPS individual), dependendo do modelo disponível.
Principais diferenças entre as classes dos DPS
CLASSE I – Proteção da instalação elétrica (10/350 μs)
Indicado para proteger as instalações elétricas contra incêndios em locais sujeitos a descarga de alta intensidade, sendo a rede elétrica aérea e exposta diretamente à incidência de raio, é a proteção primária. Ele deve ser instalado na entrada da rede local (QM) com um dispositivo de desconexão a montante (tipo disjuntor), cuja capacidade de interrupção deve ser no mínimo igual à corrente máxima de curto-circuito presumida no ponto da instalação. Sendo sua instalação obrigatória quando a edificação estiver protegida por um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), conhecido como para-raios.
CLASSE II – Proteção do equipamento elétrico (8/20 μs)
Indicado para proteger os equipamentos elétricos contra sobre tensões induzidas ou conduzidas (efeitos indiretos), causados pelas descargas atmosféricas em locais com rede elétrica interna (embutida ou subterrânea). Ele deve ser instalado diretamente dentro do Quadro de Distribuição (QD) sozinho ou em cascata com um DPS Classe I ou com outro DPS Classe II; também deve ser instalado com um dispositivo de desconexão a montante (tipo disjuntor), cuja capacidade de interrupção deve ser no mínimo igual à corrente máxima de curto-circuito presumida no local da instalação.
CLASSE III: – Proteção do equipamento elétrico mais sensível (8/20 μs)
Indicado como complemento ao trabalho do modelo classe II, para à proteção fina de equipamentos mais sensíveis instalação (computadores, smartfone, notebook, TVs de Led, etc.) ligados à rede elétrica, à linha de dados e linhas telefônicas. Ele deve ser instalado o mais próximo possível do equipamento a ser protegidas, limitam ainda mais a sobre tensão.
Observações
Os dispositivos ligados a um adaptador universal com sistema de proteção contra surtos (Classe III), não é suficiente para lidar com surtos causados por raios. Para uma proteção eficiente e segura, você precisa instalar um DPS em seu quadro de distribuição.
Com o DPS no quadro de distribuição, não há necessidade de desligar nenhum aparelho durante uma tempestade, mais só protegeram totalmente suas instalações elétricas e equipamentos eletrônicos se for instalado corretamente, é necessário cumprir algumas regras essenciais. Uma delas é o comprimento do cabo que conecta o DPS em um quadro de distribuição para a rede elétrica, quanto menor, melhor e ter um sistema de aterramento eficiente
DPS Classe I e II, como já foi dito, são instalados diretamente nos na entrada da rede elétrica ou dentro da caixa de disjuntores de proteção (QDG), onde entram a fase ou as fases de um lado e neutro incluso, e do outro lado são conectados diretamente os condutores (cabos) direcionados a haste de aterramento. Temos ainda DPS Classe III individuais, específicos para cada equipamento como é o caso do computador, do modem, dos telefones sem fio e outros. É só ligar na tomada que tenha aterramento e conectar o PC, o telefone, a TV ou o modem.
Muito bons os esclarecimentos sobre proteção dos equipamentos elétricos. Não tinha ideia da questão dos surtos de energia! Por isto gasto tanto com lâmpadas.
Obrigada!